Terrorismo Poético
in "Caos, os Panfletos do Anarquismo Ontológico" de Hakim Bey
'ESTRANHAS DANÇAS NOS SAGUÕES de Bancos 24 Horas. Shows pirotécnicos não autorizados. Arte terrestre, trabalhos- telúricos como bizarros artefatos alienígenas espalhados em Parques Nacionais. Arrombe casas mas, ao invés de roubar, deixe objetos Poético-Terroristas. (..)
Pregue placas comemorativas de latão em locais (públicos ou privados) onde experimentaste uma revelação ou tiveste uma experiência sexual particularmente especial, etc.
Ande nu por aí.
Organize uma greve em sua escola ou local de trabalho, com a justificativa de que não estão sendo satisfeitas suas necessidades de indolência & beleza espiritual.(...)
A arte Poético-Terrorista também pode ser criada para locais públicos: poemas rabiscados em banheiros de tribunais, pequenos fetiches abandonados em parques e restaurantes, arte xerocada distribuída sob limpadores de pára-brisa de carros estacionados, Slogans em Letras Grandes grudados em muros de playgrounds, cartas anônimas enviadas a destinatários aleatórios ou escolhidos (fraude postal), transmissões piratas de rádio, cimento fresco...
A reação da audiência ou o choque estético produzidopelo Terrorismo Poético deve ser pelo menos tão forte quanto a emoção do terror: nojo poderoso, excitação sexual, admiração supersticiosa, inspiração intuitiva repentina, angústia dadaísta - não importa se o Terrorismo Poético é direcionado a uma ou a várias pessoas, não importa se é "assinado" ou anônimo; se ele não muda a vida de alguém (além da do artista), ele falhou. (...)
Uma requintada sedução levada adiante não apenas pela satisfação mútua, mas também como um ato consciente por uma vida deliberadamente mais bela: este pode ser o Terrorismo Poético definitivo. O Terrorista Poético comporta-se como um aproveitador barato cuja meta não é dinheiro, mas MUDANÇA.'

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